“DUAL SIM” é um projeto de circo contemporâneo interpretado por dois malabaristas que se colocam ao desafio da partilha constante e obrigatória de todos os recursos. Uma investigação sobre as redes, sobre as formas e esquemas da partilha digital. Um estudo sobre a distribuição de objetos entre dois corpos, passes-receções-partilhas. Um ciclo que não se encerra, força a partilha da identidade ao habitar o mesmo espaço com um Dual SIM (Subscriber Identification Module).
Na relação com o espaço-tempo, analisamos os mapas de rede de internet no planeta, os esquemas de correio eletrónico ou de partilha de informação. Estas linhas cruzadas e multiplicadas, que no meio da confusão, criam espécies de constelações de beleza natural. Cruzamos, com esta investigação, um malabarismo de passes como regra obrigatória. Um caminho sinuoso e cruzado sobre si mesmo com uma única composição em forma de eletricidade que alimenta todo o circuito.
Os dois intérpretes jogam a regra da partilha constante, levando o público a perder a noção de corpo-corpo e identidade-identidade. Investigar sobre o universo da partilha digital, o crescendo dessa distribuição as suas vantagens e dependência. A necessidade desse fluxo de informação e matérias. A comparação entre estes trajetos e as rotas de mercadorias, a distribuição de materiais físico pelo planeta em relação com o mundo digital. Trajetos – velocidades – matérias.
Direção Artística VASCO GOMES Cocriação e Interpretação FILIPE CONTRERAS E JORGE LIX Assistência de Direção JULIETA GUIMARÃES Sonoplastia e Seleção Musical VASCO GOMES E CONVIDADOS Música LOSCIL E TIM HECKER Iluminação PEDRO NABAIS Produção TERESA CAMARINHA Estágio Comunicação ELÍSIO MOTA Coprodução TEATRO MUNICIPAL DO PORTO Apoio REPÚBLICA PORTUGUESA – CULTURA / DIREÇÃO-GERAL DAS ARTES
A ERVA DANINHA surge em 2006 e dedica-se ao circo contemporâneo. Os espetáculos da Companhia partem de temáticas sociais e políticas que lhe interessa desenvolver sob um ponto de vista dramatúrgico próprio. Desenvolve um trabalho coreográfico que cruza as técnicas de circo com situações, ações e objetos do quotidiano. Busca a inspiração na vida, tentando reproduzi-la de forma extraordinária, mas procurando sempre manter uma narrativa, ainda que abstrata.
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