Arquipélago pretende reconhecer lugares e inventar identidades, na prece ficcionada de uma realidade que se imita a si própria. Um lugarejo comum é um lugarejo feito de drama, porque é aí que as identidades se confrontam, se amam, se confundem, na efemeridade irascível da vida. Se esse pedaço de drama, desmontado em territórios fervilhantes a ferro e fogo, pudessem ser oferecidos à cristalização de uma imagem ou à eternização de um conflito muito conhecido, não veríamos o humano a fundar a arte, mas sim a arte a fundar o humano. Quando o espetáculo começa, um não lugar é desvendado, pronto a ser habitado. Quem começar a usá-lo, pode definir a sua estrutura, e vê-la quedar-se na presença incandescente de outrem. Um teatro à distância do clique no botão. Um teatro ligado a muitos pontos distantes, que desenha linhas no espaço virtual. Um teatro que funde realidade, experiência e ficção.
Parceiro Institucional: República Portuguesa - Ministério da Cultura
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