"Maria(s) da Fonte são sete rostos do Minho deste tempo, que evocam a Angelina, a Josefa, a Ana, a Luísa e Marias de um outro tempo, que num certo dia das suas vidas, entre o conforto de OBEDECER e as consequências de DESOBEDECER, orgulhosa e destemidamente, avançaram sobre os poderosos. A mostra é uma história com 175 anos, conjugada no feminino e uma reflexão acerca do dilema da desobediência/obediência, tão fraturante como atual. As "papeletas da ladroeira" não desapareceram. Nem as desigualdades. Nem as injustiças. Nem os escândalos. Ao que parece, novas Marias da Fonte precisam-se." Patrícia Ferreira nasceu em 1977, em Braga, cidade onde vive e desenvolve o seu projeto artístico, no Atelier Jardim de Santa Bárbara. Formou-se nas áreas da comunicação e da gestão. Foi gestora no setor financeiro durante quase 20 anos, deixou de o ser para dedicar a sua vida por inteiro à sua arte. Agora faz o que é. Expõe regularmente desenho, pintura, ilustração e cartoon; é urbansketcher; conduz oficinas e workshops; faz trabalho de ilustração para livros. Destaca as exposições individuais: “Micro-Nouvelles: 13 Histórias Trágicas + 2 Breves”, “Mar_é”, “O Circo da Vida”, “33” e “(DES)Obedecer”. Ao nível de prémios, salienta a Menção Honrosa na II Bienal de Desenho de Almada, recebida em 2018. Muitas das suas obras são de natureza autobiográfica, mas também gosta de criar nos campos da poesia visual, do humor sarcástico, das personagens extravagantes, da história e de capturar instantâneos do quotidiano. No seu trabalho mais recente, tem concentrado a sua atenção na conceção de obras que refletem acerca do dilema da obediência/desobediência, concretamente no feminino. Entre riscos, manchas, cor e algum verbo, assume-se, acima de tudo, como uma contadora de histórias.