Rabih Beaini + Angélica Salvi + Eleonor Picas
Homem de mil tarefas, Rabih Beaini tem sido um incansável proponente de novas causas, um imenso agitador de princípios e um ávido gerador de acontecimentos. É nos recantos esquecidos da música, onde o terreno fértil ainda subsiste, que este libanês encontra o corpo e a luz para novos empreendimentos, aventuras e histórias. Porque Beaini é, acima de tudo, um contador de histórias que florescem num universo de improbabilidades, de colagens, encontros e cruzamentos, de resquícios de outras explosões que ocorreram nas margens da música que conhecemos, seja techno ou sons tradicionais. Por isso, é igualmente um magnífico anfitrião, nos seus discos ou na sua editora, recebendo vozes que precisam de ser ouvidas. E também no palco, onde não falta generosidade, diálogo e criação de novas narrativas. Para a encomenda que o Festival Semibreve lhe ofereceu, Rabih Beaini respondeu com esta colaboração com duas harpistas, provando o seu indómito empenho em mostrar-nos territórios virgens e originais.
Supersilent
22h50
Em 2017, Deathprod deixou algumas das memórias mais fortes das dez versões do Festival Semibreve. Na edição celebratória deste ano, Deathprod, ou Helge Sten, regressa trazendo consigo Arve Henriksen e Ståle Storløkken, dois dos seus mais regulares colaboradores. Ou seja, Supersilent, um trio que nasceu quarteto em 1997, justamente num festival, e que desde então tem feito — em disco e, sobretudo, em palco — música profundamente nova e desafiante. Abraçando sem temor a improvisação total, sem plano ou estratégias pré-definidas, o trio refaz constantemente o seu próprio legado, avançando passo-a-passo, concerto a concerto, num ato de heroísmo ambicioso que nunca nos desilude. Apesar dos 14 volumes da sua estonteante discografia, sabemos que esta noite será única e dar-nos-á matéria Supersilent que apontará inevitavelmente para um novo capítulo.
Fonte: https://www.theatrocirco.com/pt/agendaebilheteira/programacultural/1154