O tempo desafia à mudança e adaptação. Diante da necessidade, não só de confinamento em formações musicais reduzidas, como, igualmente, de reinvenção e de aproximação da vanguarda, colocou-se a questão: arriscar na contemporaneidade? Portugal, também no domínio da música erudita contemporânea, tem grandes compositores. E estes dedicam-se, em especial, ao trabalho minucioso da voz e da composição coral, captando e potenciando todas as particularidades e a beleza da voz. O Coral de São José, focado na sua matriz erudita, apostou neste novo segmento. Arriscou na contemporaneidade! Dedicou-se ao trabalho de refinamento vocal e ao reportório erudito contemporâneo, produzido em Portugal, cantado em Língua Portuguesa e a capella. Este é um trabalho de trazer a nú o poder da voz, de aprimorar o trabalho coral e de valorizar a produção artística portuguesa. Propõe-se fascinar o público com a harmonia entre a “sedução do tonal e o espanto do atonal”. O Coro Sinfónico do Coral de São José, reorganizado em 40 elementos, às mãos do maestro Luís Filipe Carreiro, apresenta-se no Teatro Micaelense, estreando o projeto “o cancioneiro português nos nossos tempos”, um concerto que contará com a interpretação a capella de obras dos conceituados compositores Zeca Afonso, Fernando Lopes Graça e Eurico Carrapatoso. A fazer soar outras composições contemporâneas portuguesas, junta-se em palco André Costa, ao piano solo. Este é um programa elaborado para a comemoração do Dia Mundial da Música, que celebra o regresso aos palcos e evoca a portugalidade, de norte a sul e ilhas. Coro Sinfónico do Coral de São José Direção musical ● Luís Filipe Carreiro Piano ● André Costa Preço ● €10 (descontos aplicáveis) Classificação ● m/6