Partimos da ideia de 'imagens escritas'. Antes, de como se podem criar campos cúmplices, porque tão intimamente relacionados e interdependentes, entre as palavras ditas e escritas e as imagens visuais ou sonoras. É no campo das imagens escritas que navegamos e as múltiplas sugestões que elas criam. Um espaço - tempo para a reflexão, o questionamento ou meramente para a contemplação na sua imensidão estética. Na aparência a contradição, mas como não poderiam estar mais amarrados o trabalho dos artistas que convidámos. Alagoa | António Poppe e Ariyouok?, os dois últimos irão apresentar - Deslagrimagem | Deslagrimargem. Uma co-organização Nariz Entupido e Casa Limão. ALAGOA | O trabalho de Alexandre Alagôa (1994, Lisboa-Luxemburgo) investiga a crueza matérica e mecânica do meio audiovisual, explorando as suas qualidades técnicas, plásticas e duracionais de modo a potenciar uma experiência imediata no sujeito, bem como a desafiar o seu organismo físico e perceptual. Descrição da actuação | Servindo como metáfora para a relação do tempo com a proximidade humana, The Jar (O Jarro) afirma-se como um aglomerado de conversas e interacções que têm vindo a ser registadas por Alagôa desde a sua partida de Portugal, em 2019, numa espécie de diário sonoro. Partindo de um diálogo entre a electrónica laptop, a música ambiente e o sampling, Alagôa desconstrói agora essas gravações apenas para daí extrair a sua essência material sonora - os registos da voz de cada (des)conhecido, familiar ou amigo, aliados a sintetizadores digitais e à síntese granular em MAX/MSP, dão assim origem a respostas às pessoas que tem vindo a conhecer ou a deixar para trás: que a conversa continue. alexandrealagoa.com | turva.bandcamp.com DESLAGRIMAGEM | DESLAGRIMARGEM ANTÓNIO POPPE (Lisboa) | Artista visual, poeta, performer, vive e trabalha em Lisboa. Estudou no Ar.Co (Centro de Arte e Comunicação Visual), no Royal College of Arts em Londres e na School of the Art Institute of Chicago como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento onde realizou um Mestrado em Arte Performativa e Cinema. Tem trabalho híbrido de poesia artes visuais e performance, editado pela Assírio & Alvim ("Torre de Juan Abad", 2001), Documenta ("Livro da Luz", 2012) e Douda Correria ("medicin." em 2015 e "come coral" em 2017). Em 2001 trabalhou com Vera Mantero no Porto capital europeia da cultura, continuando uma colaboração com a coreógrafa que durou dois anos ( “Sentir Muito”, “Um estar aqui cheio”, “A dançadeira adensante e o dizedor Indecente”). Já atuou e/ou expôs em espaços como o Museu de Serralves, Galeria ZDB, Galeria 111, Culturgest, Fundação Carmona e Costa, entre outros. Em 2015 participou em "Oracular Spectacular - Desenho e Animismo", no Centro de Artes José de Guimarães (CIAJG); em 2017 expôs "Watercourse" na Galeria 111, com Joana Fervença, e participou em "Encontros para Além da História", sob o tema "As Magias" (CIAJG). No ano seguinte colaborou com Mumtazz na 6ª edição dos "Encontros para Além da História", desta feita sob o tema "O Nascimento da Arte" (d'après Georges Bataille), também no CIAJG; colaborou com "musa paradisiaca" em "Collaboration", curadoria de Filipa Oliveira no Quetzal Art Centre em Jachthuis Schijf, Holanda; e desenvolveu uma residência artística e seminário na Porta 33, na ilha da Madeira, enquadrado no ciclo "Mais importante do que desenhar é afiar o lápis", com curadoria de Nuno Faria. Em 2019, realiza uma exposição individual na galeria ZDB em Lisboa, com a curadoria de Natxo Checa. ARIYOUOK? | É a fusão entre “Ari” (nome do artista), com a pergunta “você está bem?”. Ari nasceu em Portugal e foi criado em Cabo Verde, sempre conhecido por fazer ruídos estranhos com o seu corpo. Começou a sua jornada musical desde criança, beatbox e a tocar percussão. Em 2012, um amigo apresentou-o ao FL Studio, onde encontrou o seu novo “videogame”, tocando com samples e frequências. Usando o teclado do computador, Ari descobriu a sua maneira de libertar todos os tipos de sonoridades: do ritmo africano ao jazz e ao funky, também influenciado pelo lo-fi e future trap. Entrada | 06 Euros (não sócios) 04 Euros (sócios SMUP) Bilhetes disponíveis em https://www.seetickets.com/pt/tour/alagoa-ant-nio-poppe-ariyouok-, na secretaria da SMUP (2ª a 6ª das 15:00 às 19:00) e também no próprio dia à porta caso não esgotem até à data do evento. Reservas exclusivas para sócios da SMUP em reservas@smup.pt. Cada sócio tem apenas direito à reserva de um bilhete, os restantes bilhetes deverão ser adquiridos nos canais alternativos.